“Writing is not life,
but I think that sometimes it can be a way back to life.”
― Stephen King, On Writing.
Em tempos de Coronavírus, de quarentena e isolamento, de solidão relativa
e, com alguma sorte, reflexões sobre a vida, o universo e tudo mais, resolvi
tirar do papel um projeto antigo que sempre tive vontade de realizar e que
nunca foi adiante seja por falta de tempo, inspiração ou confiança. Ainda me
falta confiança, é claro, e o tempo permanece curto, como é da sua natureza,
mas a inspiração me foi fornecida por esta situação atípica em que todos nos
encontramos.
Você deve estar se perguntando no que consiste esse projeto, isso se eu
fui capaz de reter a sua atenção por mais de um parágrafo e não o alienei
ainda, Caro(a) Leitor(a). De todo modo, não importa. Falo desde logo, com muita
franqueza, que este não é um projeto voltado especificamente para você. Claro,
ficarei muito feliz de tê-lo(a) como companheiro(a) nesta empreitada, porém
essa é uma jornada, uma aventura me arrisco dizer, que faço principalmente para
mim.
O projeto, e aqui se encerra o suspense e o mistério, é aparentemente bem
simples: Escrever. Mais especificamente, escrever e compartilhar tais escritos
através de uma página específica da internet, já criada inclusive para esse
propósito tem um tempo considerável, porém nunca utilizada, existindo sem
cumprir o seu propósito de ser. Eis que, finalmente, irei utiliza-la. Já não
era sem tempo.
Escrever pode parecer a princípio uma tarefa fácil, leviana e até mesmo
banal. No entanto, algumas
particularidades pessoais tornam a atividade da escrita tudo menos isso para
quem vos fala (ou escreve). Isto porque, não tendo sido agraciado com nenhum
talento artístico, me voltei desde cedo para a literatura e a familiaridade com
os livros tornou a escrita uma companhia frequente, sendo esta a minha
principal forma de me expressar, lidar com emoções e com a vida em si.
É a única forma de “expressão artística” que eu verdadeiramente possuo,
você poderia dizer. Como consequência disso, a única maneira que eu sei como
escrever é aquela que pressupõe uma honestidade total. Em cada palavra, cada
página, está sendo despejado um pouco de mim. Assim, escrevo, logo existo.
Então, com isso em mente, esse projeto ganha outros contornos. Não se
trata apenas de escrever e compartilhar escritos. Trata-se de escrever, me
expressar, me abrir e compartilhar tudo isso com aqueles que tiverem interesse
em ler. Só que, como qualquer um que me conheça minimamente bem pode atestar,
essas não são práticas muito típicas da minha pessoa.
Pode-se perceber então o que eu quis dizer como sendo um projeto voltado
especificamente para mim. É terapêutico, digamos. Ou assim eu espero que seja,
pelo menos. No entanto, reitero, sinta-se mais do que bem vindo(a) para
acompanhar essa jornada e todas as peripécias nela inclusas, e eu aposto que
serão muitas. E, quem sabe, você pode gostar de ficar por aqui, não é mesmo?
Este projeto, o recanto onde vou despejar o excedente da minha cabeça, já
possui um nome: Resquícios Analógicos (mais precisamente
https://resquiciosanalogicos.blogspot.com/, além de uma conta no Instagram de
mesmo nome que informará dos posts do blog além de outras coisas nessa mesma
temática). Existem motivos e significados específicos por detrás da escolha
deste título um tanto quanto inusitado, porém eles serão objeto de abordagem em
um post específico para isso. Por agora, basta dizer que é uma referência a um
traço específico da minha personalidade.
Trata-se então de escrever, de expressar e compartilhar. Mas escrever
sobre o que, exatamente? Sobre o que me vier na telha, oras. Literatura, cinema
e música; séries e quadrinhos também. Filosofia e Política, nas ocasiões em que
a vontade bater na porta. Meu interesse é bastante amplo, ainda que meu
conhecimento seja bem modesto. Ressalto que não se trata de um diário ou coisa
do tipo. Eu escrevo sobre coisas que eu gosto e, ao fazer isso, expresso, de
uma forma ou de outra, partes da minha pessoa e personalidade. Trata-se muito
mais de uma análise ou comentário, o que quer que isso signifique afinal de
contas.
Em outras palavras, é através do que eu escrevo sobre um livro, uma
música, uma série ou um filme que você pode compreender diversas coisas sobre a
minha pessoa. Ou assim eu penso, pelo menos. Desse modo, Caro(a) Leitor(a),
você pode esperar aparecerem por aqui textos dos mais variados temas e
abordagens, dos mais sérios aos mais humorados e tudo o que pode existir nesse
intermédio.
Como exemplo, alguns dos temas já listados para postagens futuras
incluem, mas não estão limitados a: Absurdo, Revolta e Solidariedade em Camus;
Odisseu, a Prudência e o Mar; William Wilson, de Edgar Allan Poe, e o Fantasma
da Própria Consciência; Escolha, Liberdade e Propósito: Uma Leitura de Blade
Runner e Blade Runner 2049; Westworld, o Homem de Preto e a (A)Moralidade de um
Mundo Destituído de Consequências; Ainda Não é o Fim do Mundo, Mas Você Pode
Vê-lo Daqui: Reflexões Sobre o Gênero Cyberpunk; dentre inúmeros outros.
As publicações serão feitas semanalmente (eu espero), toda sexta-feira, e
os textos sempre seguirão uma estrutura de ensaio, isto é, são considerações e
reflexões; não possuem nenhuma pretensão de exaurir a temática ou de colocar um
ponto final em qualquer discussão. Trata-se muito mais de uma leitura e
consideração pessoal, sempre com certo embasamento teórico e filosófico, sobre
temas e questões presentes em livros, séries, filmes, etc, que me instigam de
uma forma ou de outra.
Retomando a citação do início, Stephen King afirma que a escrita em si
não é vida, mas ela pode ser uma maneira de se retornar à vida. Essa é
precisamente a intenção desse meu pequeno projeto pessoal: recuperar ou até
mesmo conquistar através da escrita uma parte da vida, da minha vida. E, mesmo
essa sendo uma jornada pessoal, sinta-se convidado(a) para fazer parte dela,
Caro(a) Leitor(a). Será um prazer ter você por aqui.
Bem-vindos aos Resquícios Analógicos!
https://www.instagram.com/resquiciosanalogicos/
Parabéns pela iniciativa! Estarei no aguardo por novas publicações, e, se possível, contribuir e levantar discussões!
ResponderExcluirObrigado, meu amigo!
ExcluirGostaria de expressar meus parabéns pela realização deste projeto.
ResponderExcluirAcompanho sua jornada há anos,e mesmo que a vida não me faça mais tão presente, sinto o mesmo orgulho e admiração, seja por sua dedicação, ou por fazer da leitura o seu lar.
Certamente é o seu dom, sua vida, ou como você disse, sua arte.
Apoiarei sempre, no que couber e vier.
Abraços!
Obrigado, Alex.
ExcluirConte comigo sempre também!
Parabéns pelo projeto ! Já estou no aguardo pelos novos textos.
ResponderExcluirObrigado!
ExcluirParabéns, amigo! Nenhuma surpresa, vindo de ti, mas sem duvidas traz muita satisfação ver que estás estás pondo em prática esse dom que ja demonstravas! Vou acompanhar, especialmente pra cobrir a falta de conversas sobre arte que a distância nós impõe ;D
ResponderExcluirValeu, Pedro!
ExcluirEstou ansiosa para as próximas publicações!
ResponderExcluirMuito obrigado!
ExcluirParabéns pelo projeto! Não há nada mais vivo (ou com poder para reavivar) do que a literatura. Ansiosa para os próximos textos!
ResponderExcluirMuito obrigado!
ExcluirParabéns pela iniciativa! Desejo muito sucesso nessa jornada. Ansioso para ler os próximos textos!
ResponderExcluirMuito obrigado!
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